segunda-feira, 9 de novembro de 2009

AS PORTAS DE BENFICA

Assistindo em directo, da Porta de Brandenburgo, às comemorações berlinenses do vigésimo aniversário da queda do Muro, enquanto espero a caída dos dominós, ocorre-me o que seria se, também entre nós, houvesse uma barreira, ainda que imaginária, que nos separasse dos nossos irmãos da Buraca, da Amadora, da Damaia, de Odivelas, da Brandoa e de Caneças, numa cisão fratricida que virasse de costas sangues do mesmo sangue. E é então que compreendo que, apesar da ignorante ditadura que nos tornou orgulhosamente sós durante décadas, ao menos permanecemos juntinhos, sem cismas ou divisões que nos apartassem dos próprios nossos, retirando às portas de Benfica a carga e o estigma que carregam as suas congéneres de Brandenburgo, apesar do estado lastimável do piso alcatroado na lusitana capital sempre unida. Ave Portugal!

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