
Parti, de facho em pubho, a fronte erguida,
Numa dessas viris, ideais e ardentes
Corridas de estafetas que, impacientes,
Se vão render no ponto de partida !
*
Parti, de facho em punho! Era uma vida
Que eu dava em troca doutras, decadentes!
Corri -pela Justiça! Até que, ausentes,
As forças me faltaram na corrida!
*
Cheguei junto de ti, de facho em punho;
Passei-te o incendiado testemunho,
Da côr das velhas fitas que eu queimei ...
*
... Chegou a tua vez, jovem atleta:
- Parte, como eu parti, direita â meta
E passa a outro o facho que eu te dei!
_
José Galhardo, 1958
Nota: Soneto escrito pelo Avô Zé à Mãe, no fim do curso
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