domingo, 28 de setembro de 2008

O ROBE DE CHAMBRE

Gosto de trabalhar em robe de chambre. Pois gosto. Já o meu Avô gostava e trabalhava, e não vejo porque não seguir-lhe esse bom exemplo.
Dá boa mobilidade e temperatura, tem bolsos para os cigarros, a caneta e a lupa, não trilha, dá liberdade e arejamento, é caseirinho e aconchega, não aperta mas também não desconjunta, sendo sempre ajustável pelo cinto.
Numa palavra, dá bom trabalhar.
Vai bem com o pé descalço no verão, ou com umas chinelas de inverno!
Tenho robes de inverno e de verão, os primeiros quase sempre comprados no Selfridges ou afins, os segundos trazidos de hóteis de praia de 5 estrelas, quando não são turcos.
Tempos houve em que, depois de sair do banho, me mantinha horas a fio embrulhado no lençol, o que invariávelmente merecia da minha Avó Ia o reparo de que "Pareces o Gandhi", que acabou por me vergar, mais pelo monhé do que pela indumentária, é certo, mas não ao ponto de deixar de encontrar no robe de chambre o sucedâneo ideal, que até pelo exemplo do Avô, não podia ser merecedor de qualquer censura.
Além do mais, tem o encanto do adereço caído em desuso, o que torna o seu uso quase um hábito vintage.
Adoro robes de chambre!
Coisas...

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