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Em minha casa sempre se alimentou a filosófica discussão de saber se o buraco do banco da cozinha é banco ou não é banco.
O BPN foi criado por figuras partidárias para fazer negociatas acessíveis a titulares de lugares e de favores;
Atento tal objecto de actividade, rápidamente se associaram em tais negócios meliantes de ambos os partidos do bloco central;
A reciclagem dos triturados partidários é feita pela sua colocação, por nomeação política, em cargos institucionais ou empresas, como sucedeu com Vitor Constâncio;
As mãos desta gente lavam-se umas às outras;
Aqui há uns anos a Segurança Social entregou ao BPN 500.000.000 de euros em depósito, dos fundos que garantem as reformas dos portugueses;
Segundo o accionista do BPN Alberto Figueiredo, quando o giro de capital daquele banco gerava proveitos, o destino era o bolso dos "elementos da teia"; quando advinham prejuízos, eram do próprio BPN;
Quando Sócrates subiu ao poder, Vitor Constâncio prestou-se a vir a terreiro afirmar que o déficit deixado por Bagão Félix era muito superior ao oficialmente apresentado, não hesitando em suportar tal afirmação numa alteração dos critérios contabilisticos até então usados pelo próprio;
O BPN foi, ao longo dos anos, dando nas vistas pelo cheiro a esturro que rodeava a sua actividade;
Imediatamente antes e durante o verão esboçou-se a crise financeira e de liquidez internacional, principalmente causada pela sobre-avaliação dos activos que, nos EUA, garantiam os créditos da banca;
Cedo se compreendeu que uma corrida aos depósitos poderia fazer desmoronar o sistema bancário, e consequentemente, a economia;
O Banco de Portugal, enquanto supervisor da actividade bancária, tinha, desde 2003, fortes razões para intervir no BPN, o que nunca fez;
Em Junho de 2008, tais fortes razões deixaram de poder ser ocultadas, por confissão escrita e expressa do próprio BPN, através dos seus novos administrador e Presidente;
Em Agosto de 2008 o Governo levanta e põe a salvo 300.000.000 de euros do seu depósito junto daquela instituição, o que precipita a sua situação de insolvência, entrando em roda livre;
Em Setembro o Governador do BP denuncia na PGR as irregularidades do BPN;
Em Outubro o governo apela e toma medidas para que seja evitada uma corrida aos depósitos bancários, tal como a que ele próprio fez ao levantar os seus 300.000.000 de euros;
Fá-lo, naturalmente, com garantias provenientes do erário público.
No início de Novembro, o Ministro das Finanças e o o Governador do BP anunciam grave e solenemente a nacionalização do BPN;
Ontem de madrugada o Dr. Paulo Portas vingou o Dr. Bagão Félix, ao sujeitar um infeliz Vitor Constâncio, vermelho, encolhido e a esgueirar-se para dentro do próprio fato enquanto fazia trejeitos de expressão, a cerca de meia hora de humilhação pública e televisionada altamente vexatória, na qual o mínimo que lhe disse foi que ele exerceu (ou melhor, não exerceu) os seus poderes de supervisão de forma sonolenta e incompetente, e que devia ouvir a sua consciência e sair pelo próprio pé;
Que se saiba, não há ainda arguidos, medidas de coação, ou prevenção de ocultação de provas e de dissipação de fundos;
O lugar de Governador do Banco de Portugal é blindado, e ninguém tem poderes para demitir o titular;
O Dr. Vitor Constâncio entende que não se demite;
Tudo como dantes, quartel-general em Abrantes!
Para mim, tanto no BPN como no Banco de Portugal, o buraco do banco é banco!
E os portugueses, para variar, ficaram com o rabo à mostra...
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