sexta-feira, 17 de outubro de 2008

AS NOVAS FAMÍLIAS

As novas famílias, de que agora muito se fala, são exactamente como as velhas famílias, e como o melão: só depois de abertas se vê se prestam para alguma coisa.
Quero com isto dizer que é totalmente estéril a discussão sobre se determinada fórmula de família é ou não aceitável, desejável, ou social e politicamente conformável, pela simples razão de que, nesta matéria, não é a forma que dita a valia, mas a substância, ou seja, a qualidade das pessoas que a compõem!
É assunto em que me sinto particularmente autorizado já que, apesar de cá em casa sermos, hoje em dia, só três, a verdade é que este tecto abriga simultâneamente casados, solteiros, separados, viúvos, casais gays, famílias monoparentais, matriarcais, patriarcais, funcionais, disfuncionais, estruturadas e destruturadas, com e sem filhos, o que já vos deve parecer a charada do caçador que tinha um cão e o pai... , mas com algum esforço imaginativo perceberão que posso estar a falar verdade.
A verdade é que funciona!
E aqui mesmo à minha volta, sem ir muito longe, há divórcios, filhos de uns, dos outros e de ambos e há casamentos sólidos.
E também funciona!
Pode ser sorte, mas para mim é talento e mérito das pessoas envolvidas.
A conclusão é que a valia de uma família não está na sua arquitectura externa, mas na qualidade do cimento que a ergue.
Ou como dizia a família Bellini: 
-"O segredo está no recheio !"
-"Não, está na massa!"

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